segunda-feira, 21 de agosto de 2017

O papel do professor nos jogos


O educador deve:
  • Propor regras, em vez de impô-las, assim, a criança terá possibilidade de elaborá-las, o que envolve tomar decisões, que é uma atividade política. A criança se desenvolve social e politicamente, envolvendo-se em uma legislação.
  • Dar oportunidades às crianças de participar na elaboração das leis, assim elas tem possibilidades de questionar valores morais. Os jogos em grupo dão inúmeras chances para se elaborarem regras, ver seus efeitos, modificando-os e comparando para ver o que acontece.
  • Possibilitar a troca de idéias para chegar a um acordo sobre as regras, com o intuito de que as crianças descentrem e coordenem pontos de vista (processo cognitivo que contribui para o desenvolvimento do pensamento lógico).
  • Dar responsabilidade para fazer cumprir as regras e motivar o desenvolvimento da iniciativa, agilidade e confiança em dizer, honestamente o que você pensa. Essa responsabilidade levanta também a invenção de sansões, soluções pelas quais as crianças tornam-se mais inventivas.
  • Permitir julgar qual regra deverá ser aplicada a cada situação; esta é uma forma de promover o desenvolvimento da inteligência.
  • Fomentar o desenvolvimento da autonomia, em conflitos que envolvem regras,  “contribui
 também ao desenvolvimento de um forte senso de si mesmo na criança”. O aspecto emocional
também faz parte da autonomia.
  • Possibilitar ações físicas que motivem as crianças a serem mentalmente ativas.

Na aplicação dos jogos o professor deve:
1. Ser um guia.
2. Ser um desafiador, estimulador da inteligência.
3. Ser um problematizador.
4. Analisar e discutir o porquê , para quê , para quem e os efeitos do jogo.
5. Colocar-se como irmão mais velho, junto ao qual os menores buscam segurança e novos conhecimentos.
6. Ter consciência do que faz e saber porque faz.
7. Ser um libertador (estar seguro).
8. Motivar sempre os alunos.
9. Ter variedades de jogos e técnicas.
10. Adaptar-se a realidade e ter flexibilidade.
11. Preparar e conscientizar os alunos para os jogos em grupos.
12. Relatar e publicar experiências para que outros possam conhecê-las.

Durante o jogo espontâneo o educador deve ser um observador, papel nem sempre simples, já que existe geralmente um envolvimento afetivo com as crianças para realizar um diagnóstico.

Respeitar a interpretação dada pelo grupo de crianças à regra do jogo espontâneo é fundamental para conhecer a realidade lúdica. Por isso, o educador não deve intervir durante os eventos do jogo, a não ser como mediador de conflitos, pois as atitudes e a forma de participação dos jogadores ilustrará o comportamento individual de cada criança e do grupo como um todo.

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